Antes de ser publicado o sexto capitulo, fica aqui uma nota.
Decidi alterar o 2 e 3 capitulo. Não muito, apenas o David e a Bia não namoraram nem se conheciam. Fica aqui a correcçao.
Peço desculpa a todos pelo incomodo mas achei que ficaria melhor.
Quando cheguei cá fora, lá estava a Inês a esboçar um enorme sorriso, como já era normal nela. Ela fazia-me feliz. A Inês é a minha melhor amiga há muitos anos e nunca, nunca me deixou ficar mal. Diz o que tem de dizer, faz o que tem de fazer mas tudo para o meu bem pois para ela eu sou mais importante do que ela e para mim ela é mais importante que eu, por isso normalmente tratamo-nos por “irmã”.
- Olá irmã. – Disse ela começando a caminhar junto a mim para a garagem onde se encontrava a minha mota.
- Olá totó. – Respondi eu, esboçando um enorme sorriso enquanto a Inês me batia no braço em jeito de brincadeira. Abri a garagem, subi para a mota, liguei-a e parei fora da garagem enquanto a Inês fechava a garagem como era habitual.
Depois das aulas fui até ao riacho perto de minha casa, ia para lá sempre que queria pensar. Sentei-me na pequena ponte de pedra, era mesmo pequena pois eu conseguia estar com os pés dentro de água e o rio não leva assim muita.
Depois decidi ir até á praia. Eu adorava o mar, adorava a praia, adorava aquela calma que eles me transmitiam, lá sentia-me mesmo bem.
O mar estava calmo, sem vento e a praia deserta. Sentei-me na fina areia quando de repente sinto uma enorme vontade de ir nadar e assim o fiz, a minha sorte era ter biquíni por baixo. Depois de varias horas dentro de agua resolvi sair.
Vesti a minha roupa e sai da praia. Até que de repente ouço o meu telemóvel a tocar, era a Inês.
-Olá Inês – disse eu – Passa-se alguma coisa?
- Olá Bia, não é nada de mais mas acabou agora o meu treino de voleibol e vou sair agora, queria saber se querias vir aqui ao estádio ter comigo e depois íamos comer alguma coisa , que me dizes?
-Sim, dá-me 10 minutos e eu estou aí. Espero por ti em que porta? Nas traseiras ou na principal?
-Na principal, vou sair pela frente hoje.
- Ok Inês, até já então.
-Até já Irmã. – Disse ela, rindo-se de seguida.
Desliguei o telemóvel e guardei-o na carteira. Não era muito de andar com o telemóvel, só mesmo neste casos, preferia falar directamente com as pessoas.
Subi para a mota e lá me dirigi para o Estádio onde a Inês me devia esperar.
As ruas da capital não estavam com muita movimentação , apesar de ser Julho. Os estudantes deviam estar na praia e o resto das pessoas ainda deviam estar a trabalhar.
Finalmente, avistava o parque de estacionamento do estádio. Dirigi-me para lá e estacionei a mota. Quando ia a atravessar o parque de estacionamento do estádio vejo um carro a vir em marcha atrás e bateu-me e eu em desequilíbrio caí para o chão meia tonta.
O carro parou e alguém sai de lá de dentro. Era alto, tinha um casaco e o carapuço na cabeça. Foi-se aproximando e ajudou-me a levantar.
-Tu estás bem? – perguntou com uma voz meiga e delicada. Tinha um sotaque de brasileiro mas não sei se o seria de verdade, a cara estava escondida pelo carapuço assim como o cabelo.
-Sim, quer dizer mais ou menos. Isto passa-me. – Acabei eu por conseguir dizer.
-Não, precisas de ir a um médico.
Nesse mesmo instante pega no telemóvel e inicia uma chamada.
-Estou Rúben. Ainda estás aí dentro?
- …
- Ainda bem. Preciso que me faças um favor.
6ºCapitulo
Ambos sorrimos e eu saí da sala. Eu conhecia mais ou menos o estádio, de ir ver os jogos tanto de futebol como os da Inês de voleibol. Por falar na Inês, ela deve estar á minha espera á muito tempo e ela detesta esperar, mas, eu tinha de ir a correr para o relvado senão já não apanhava o David e tinha de lhe agradecer por tudo o que fez por mim. Eram só mais 5 minutos, a Inês não se devia importar muito.
Assim sendo, dirigi-me para a porta de saída do relvado e fiquei mesmo desiludida quando lá cheguei, porque já não estava lá ninguém, nem um único ser lá estava.
Quando me ia a virar para vir embora senti uma mão nas minhas costas, era uma mão grande mas suave. Assustei-me e dei um salto.
- Não precisas de te assustar. – disse uma voz, era ele, eu tinha a certeza que era ele. Virei-me e ficamos frente a frente, era mesmo ele.
- Não me assustei, apenas não estava a espera que aparecesses assim de repente.
- Não estavas á minha espera?
- Eu?
- Sim, tu.
- Não, quer dizer sim, quer dizer mais ou menos.
- Em que ficamos? – Disse ele esboçando um largo sorriso.
- Só te queria agradecer por me teres ajudado.
- Agradecer?
- Sim.
- Mas fui eu quem te magoou, não terias ficado mal se eu não te tivesse batido com o carro.
- Isso foi um acidente e como podes ver eu estou bem. – Disse eu, enquanto dava uma volta. Rimo-nos em conjunto.
- Mas não me chegas-te a dizer o que vinhas fazer aqui ao estádio.
- Vinha ter com a minha melhor amiga, a Inês, ela joga voleibol e teve treino, que por falar nisso já acabou á muito tempo e ela já se deve estar a passar de estar a tanto tempo a espera.
- Pois, eu também tenho o Rúben a minha espera.
-Bem, assim sendo, Obrigada e até um dia.
-Sim, depois combina-mos um café ou assim.
- Depois vemos isso. Adeus.
-Adeus.
Antes de cada um ir para seu lado, ainda nos olhamos directamente, um olhar forte e sincero.
Corri para ir ter com a Inês, quando lá cheguei ela estava com uma cara que metia medo ao susto.
- Olá Irmã. – Disse eu sorrindo para ver se ela me desculpava.
- Olá. Bia, eu estou á quase duas horas á tua espera, duas horas, sabes o que é isso?
-Eu sei e peço imensa desculpa.
- Só desculpo se me pagares o jantar.
- Combinado. – Rimo-nos as duas.
- Então vamos embora que estou cheia de fome. Ainda sabes onde tens a mota?
- Claro que sei Inês.
- Nunca se sabe. – Disse ela rindo-se, como era habitual nela.
Dirigimo-nos em direcção á mota. O carro do David ainda lá estava, o que significava que ele ainda não tinha ido embora.
Subimos para a mota, colocamos os capacetes e eu pôs a mota a trabalhar.
Quando ir a passar pela porta do estádio, tive de parar pois estava uma fila enorme. Nesse momento sai o David e o Rúben de dentro do estádio e a Inês, diz-me baixinho ao ouvido:
- Irmã, olha ali o David Luiz, o teu ídolo.
Eu não lhe respondi e nem sequer olhei para o local onde eles estavam.
Até que de repente vejo eles já quase ao meu lado. Nesse momento só desejava que a fila andasse, mas ela não andou.
- Achas que estás em condições de conduzir? – Disse o David. Eu fiquei mais vermelha que um tomate.
- Sim, estou. Eu já estou bem obrigada.
- E se tens um acidente?
- Outro? Isso também já era muito azar. - Disse eu rindo-me.
- Não brinques com coisas sérias Inês.
- Eu não estou a brincar. A sério que estou bem, não te preocupes e eu tenho de ir que a fila já andou e eu estou com pressa. Mais uma vez, obrigada.
- Tem cuidado contigo, adeus.
- Adeus.
Ambos ainda olhamos para trás e sorrimos.
Foi bom tê-lo conhecido, mas já tinha acabado. Não podia durar mais, eu e o David nunca poderíamos ser amigos. Ele era famoso e eu não passava de uma rapariga normal.
Porém, ele não me saia da cabeça, era algo forte que não conseguia controlar.
- Bia ? Bia?
- Ah, desculpa Inês, estava distraída.
- Pois eu até posso imaginar em que estavas a pensar. – disse a Inês rindo-se em seguida.
- Não comeces.
- Eu não, só quero que me expliques o que se passou para o David, sim, o DAVID LUIZ , vir falar contigo.
- Não se passou nada de mais.
- Achas que eu sou burra? Bem, até posso ser mas para isto não.
- Ok, ok Inês, eu conto-te mas só depois de chegar-mos a minha casa.
- A tua casa?
-Sim, porque?
- Porque vais-me pagar o jantar ou já te esqueces-te?
- Não, não me esqueci. Eu vou-te pagar o jantar mas vamos jantar em minha casa. -disse eu esboçando um largo sorriso em seguida.
A Inês disse qualquer coisa depois, mas sinceramente nem percebi, pois voltei a pensar nele, eu não podia pensar nele, estava completamente proibido isso acontecer.
Finalmente chegamos a minha casa. Como eu já sabia não tinha lá ninguém.
Subi até ao quarto e a Inês seguiu-me. Deitei-me em cima da cama e a Inês sentou-se aos meus pés.
- Podes começar. – disse ela com o seu sorriso maravilhoso.
- Começar com o quê? – perguntei eu , fazendo-me de desentendida. Eu sabia o que ela queria, queria saber o que se tinha passado de tarde mas eu, por um lado queria lhe contar mas por outro não, pois ao contar-lhe estava a dar demasiada importância ao que aconteceu. Não é que não tivesse essa importância, porque teve, mas eu tinha de esquecer o que se passou, em especial esquecer que tinha conhecido o David.
- Oh, não te faças de desentendida, sabes bem o que quero saber.
- Não Inês, asserio que não sei.
- Quero saber o que se passou esta tarde.
- Esta tarde? Bem, enquanto foste para o treino, eu fui até á praia e depois fui ter contigo.
- Não te faças de engraçadinha Bia, o que se passou com o David?
- Ah isso.
- Sim, isso. Anda lá Bia estou a morrer de curiosidade.
- Não foi nada de mais. Quando ia ter contigo ele veio com o carro para trás e quase me atropelou, depois ajudou-me e levou-me ao médico do Benfica e depois eu agradeci-lhe. Como vês nada de muito empolgante.
- Posso fazer-te uma pergunta Irmã?
- Claro que podes.
- Tu não sentiste mesmo nada?
- Como assim?
- Tipo, não sentiste nada de especial?
- Tirando a parte de estar perante o DAVID LUIZ jogador, não, nada de mais. Mas porque essa pergunta?
- É que eu já me tinha cruzado com ele algumas vezes e fiquei interessada nele e consegui o número dele. E hoje ia-te perguntar se não te importavas que eu começasse a falar com ele, mas como se passou isto hoje tinha medo que também tivesses ficado interessada.
- Não, podes estar á vontade Inês. – Era claro que eu tinha sentido algo, não o poderia negar, mas também não o poderia dizer á Inês, se ela estava interessada e se isso a fazia feliz eu teria de me habituar á ideia, mas ele, ele não me saia da cabeça. Aquele sorriso, aqueles cabelos e aquele olhar não me saiam da cabeça.
-Ainda bem Irmã, eu não ia fazer nada que interferisse na nossa amizade.
Ambas sorrimos.
Continua...
PS: A responsabilidade do texto é do próprio autor.
1 comentário:
hum ta mt gira a fanic espero a continuaçao....
bjnho Natacha
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