quarta-feira, 25 de agosto de 2010

espaço "fanfic": Fanfic da Catarina R

Capitulo 6
“Nem sei o que dizer. Nunca pensei. Foi demasiado, percebo porque o fez, mas não foi a melhor solução, devia ter feito algo. Se soubesse, se a conhecesse há mais tempo não deixaria que acontecesse nada. Acredito que deva doer demasiado, vejo nos seus olhos, o sinto.”

“Acho que o faria na mesma. Antes disto tudo acontecer perguntava-me como alguém conseguia acabar com a própria vida, mas agora sei porquê. Olho para trás e gostava de voltar a ver quem eu era, mas grande parte de mim desapareceu.”

“Como era?”

“Era alegre, divertida, doida, tímida, faladora, querida. Também tenho defeitos mas esses continuam. As vezes ainda sou assim, mas é raro, é só para disfarçar.”

“Gostaria de conhecer essa Catarina.” – olhei nos olhos dele.
“Eu também gostava de voltar a vê-la.”

Continuamos a falar sobre nada de especial e durante aquele tempo não pensei em mais nada a não ser ele, apesar de sentir dor cada vez que mexia os pulsos ele fazia-me esquecer e era bom ter alguém com quem falar, alguém que não sentisse pena, apenas que falasse comigo para me sentir melhor.

“Menina, tem mais visitas. É a sua família.” – a enfermeira avisou-me.
“Não quero falar com elas, diga que estou a dormir ou assim.”

“Catarina, tem de falar com a sua família.”
“Eu sei, mas não consigo, dói muito. E vou desiludi-las.”

“Lembra o que prometi? Estarei aqui com você.” – e senti ele a apertar me levemente a mão.
Dei ordem à enfermeira para que elas entrassem.

Olhei para a porta e vi a minha irmã entrar primeiro e a minha mãe de seguida. Elas estavam em choque, eu não devia parecer nada bem, mas o choque delas podia ser mais, devido a ter a camisola do David nas minhas pernas e ele ao meu lado a segurar-me na mão.

“Catarina, como te sentes?”
“Estás bem mana?”

Apenas abanei a cabeça, a dizer que dizia que não sabia. Não conseguia falar, doía.
“Catarina, fala.” – disse o David e voltou a apertar-me a mão.

Olhei para ele e abanei a cabeça que não. Ele viu que eu parecia perturbada e olhou para a minha mãe e irmã.
“A Catarina se sente cansada, precisa de dar uma descansada, ela depois fala com vocês.”

“Ok. Pode vir lá fora para podermos falar?” – a minha mãe perguntou. Ele acenou que sim, largou-me a mão e foi para fora do quarto com a minha mãe e irmã.

para os meus pulsos e ao vê-los ligados apeteceu-me cortar as ligaduras, gritar, fazer algo para que acordasse deste pesadelo, mas sabia que não era possível porque era bem real. Olhei para eles e senti as lágrimas na minha cara, a dor mais forte que nunca, sentia o corpo dormente da dor que sentia, do vazio.

“Chorando? Não! Pare de pensar e de olhar, olhe para mim.”
Não conseguia olhar, era como se não tivesse forças. Vi uma das mãos dele a segurar na minha mão direita.

“Porque estava vestindo de verde?” – ele mudou o assunto da conversa.
“Se souberes não vais gostar.” – e olhei para ele.

“Não interessa. Quero saber.”
“Ok. A minha cor preferida é verde e quis ser do contra e ir de verde. Mas também não é esse o motivo.”

“Não é do Benfica, certo?”
“Sim.”

“Pela cor é lagarta, estou certo?”
“Certíssimo.”

“Uma lagarta na Luz e nem era contra o Sporting. Suspeito…” – e ele sorriu.
“Não quis ficar em casa, e isto fica entre nós. Sou simpatizante do Benfica…”

“E eu sou o seu jogador preferido.” – ele interrompeu-me.
“Mas como sabes?”

“A sua família me contou.”
“Nunca sabem ficar de boca calada.”

“Não faz mal. Você é a primeira que não é do Benfica e que gosta de mim que eu conheça.”
“É estranho?”

“Um pouco, eu e lagartos não combina, mas com você está combinando.”
Não evitei e sorri ligeiramente.

“Você sorriu! Estou gostando dessa Catarina.”
“É bom que aproveites porque muito raramente ela aparece.”

“Eu estou aproveitando. E desejando que ela apareça mais vezes.”
“Talvez ela apareça, mas não tem sido fácil…”

“Desculpem interromper, mas vai ter de sair, a hora da visita acabou, agora só daqui a umas horas.” – a enfermeira avisou.
“Fica bem, Catarina? Tome o meu numero se precisar de falar quando estiver sozinha. Vou tentar voltar depois.” – ele escreveu o numero no meu telemóvel.

“Fico, David. Obrigada, e não precisas de voltar se tiveres algo.”
“Não me esta convencendo com o fico, mas aceito. E eu volto sim, gostei de falar e estou preocupado com você.”

“Ok. Tu é que sabes. Adeus, David.”
“Adeus Catarina.” – e ele saiu do quarto.

continua...
PS: A responsabilidade do texto é do próprio autor.

1 comentário:

Anónimo disse...

Todas as fanics sao lindas mas esta e especial.... e linda mesmo nao sei expelicar talvez prk me reveja na Catarina em mtas coisas....
Eu moro no Porto e para mim e impossivel ter a sorte de ver o Benfica a jogar, ate prk nao sou do Benfica, sou do clube do porto. Embora tmbm simpatise com o clube nao so pelo David mas pelo clube tmbm. Mas o meu clube e o porto sem duvida.
Voltando a fanic que ja me pos de lagrimas nos olhos confesso, espero k continues a escrever Catarina prk sem duvida tens mt mt jeito...

Espero anciosa pela continuaçao.

Parabens!

bjs Natacha