Defesa vale 1/3 dos golos
A defesa tem como missão defender, passe a redundância. Mas, no caso do Benfica, também ataca. E marca golos. Pelo menos assim tem sido esta época, nos jogos para o campeonato, em que praticamente um terço dos golos dos encarnados teve origem no sector mais recuado do campo. Oito dos 25 golos apontados até ao momento - número que dá ao Benfica o estatuto de melhor ataque da Liga, com mais um golo do que o FC Porto - foram apontados por defesas: ou seja, 32 por cento.
David Luiz engrossou esta contabilidade anteontem, na partida com o Braga, ao apontar, de cabeça, na sequência de um livre, o único golo da partida (independentemente de ter sido legal ou não). Aliás, foi o primeiro que o camisola 23 apontou para o campeonato português, apesar de já há dois anos residir na Luz (marcou outro, frente ao Olympiacos, já esta época, mas para a Taça UEFA).
Depois disto, Miguel Vítor tornou-se no único elemento da defesa que ainda não mostrou a sua veia goleadora (isto sem contar com Zoro e Léo, que não fazem parte das contas de Quique Flores). Senão vejamos: Sidnei é o líder de marcadores do sector, tendo festejado com o Estrela, o Guimarães e o Sporting. Luisão fê-lo por duas vezes, frente ao Marítimo e à Naval. E há ainda Maxi Pereira e Jorge Ribeiro, que celebraram no 4-2 diante do Paços de Ferreira.
Miguel Vítor terá, porém, daqui por diante, e ao que tudo indica, mais oportunidades para marcar. O jovem defesa-central, que renovou na semana passada contrato com o Benfica por mais duas temporadas, regressou (diga-se que de forma surpreendente) à titularidade no desafio deste fim-de-semana diante do Braga e foi um dos melhores em campo, prometendo tornar a vida muito difícil a Sidnei, que tinha sido até agora o escolhido. Aliás, dificilmente o próprio David Luiz regressará ao eixo da defesa, dado o rendimento que tem apresentado à esquerda.
25 golos por sectores:
Defesa 8 (32%)
Sidnei 3
Luisão 2
David Luiz 1
Maxi Pereira 1
Jorge Ribeiro 1
Meio-Campo 4 (16%)
Reyes 2
Rúben Amorim 1
Katsouranis 1
Ataque 13 (52%)
Cardozo 5
Nuno Gomes 4
Suazo 4
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Peritos em lances de laboratório
Se há coisa em que o Benfica tem sido eficaz é nos lances de laboratório, repetidos insistentemente durante os treinos, orientados por Quique Flores. Ainda ontem David Luiz deu mais uma prova disso ao surgir no coração da grande área a cabecear para o fundo das redes adversárias, na sequência de um livre cobrado por Aimar. Só no desafio com o Marítimo, dos seis golos marcados pelos encarnados três foram de bola parada: Reyes apontou uma grande penalidade, Suazo deu o melhor seguimento a um canto, e Luisão concluiu um livre, sobre a esquerda, de Reyes.
Na verdade, dos 25 golos apontados pelos encarnados até ao momento no campeonato, nove deles foram resultado de lances de bola parada, o que se traduz em 36% dos golos, mais de um terço. Destes, cinco foram sequência de livres, três de grande penalidade e um de canto.
36%
O Benfica já fez nove golos esta época, para o campeonato, em resultado de lances de bola parada, o que equivale a 36 por cento do total de golos (25) marcados
O Jogo 13 de Janeiro de 09
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